Ainda ventava bastante na manhã de 4 de outubro, com pancadas ocasionais. À noite seriam noticiados na TV os estragos sofridos pela capital baiana. Gastei boa parte da manhã fazendo uma manutenção na bike e saí logo que terminei, com tempo ruim mesmo. Queria aproveitar o vento sul de 40 km/h (o normal é um vento leste mais fraco) que continuaria a soprar por alguns dias.
O primeiro dia pedalando pela costa acabou rendendo menos do que deveria. Foi difícil equilibrar a bike nas ciclovias de Salvador, tive que trocar uma câmera de ar porque sua válvula estragou ao calibrar os pneus no posto, e fiz uma visita a Arembepe e sua aldeia hippie. Parei então em Barra do Jacuípe, pois nos próximos 50 km só encontraria praias caras. Isto é, parei em uma praia menos cara, visto que a pousada, após chorar bastante, custou 40 reais sem café da manhã.
De manhã esperei a padaria abrir, tomei um café e parti em direção à Praia do Forte. Durante o pouco tempo por que o Sol apareceu pude visitar duas de suas belas praias, inusitadamente desertas naquele domingo. Em Sauípe encontrei um casal de "mulambikers", colombiano e argentina, viajando no sentido inverso. Também levavam sua tralha em caixas de verdura, a exemplo dos que encontrei na Chapada Diamantina.
O resto da BA-099, de fortes subidas nos últimos 75 km, passava cada vez mais longe das praias, e não saí da estrada a não ser para fazer um lanche rápido em Conde. No Sergipe a estrada virou a SE-100, e visitei praias no litoral sul após atravessar a Ponte Gilberto Amado, inaugurada em janeiro de 2013. Mais uma ponte, a Joel Silveira, e uma longa avenida separando o mar de condomínios de luxo, e cheguei em Aracaju.
Estatísticas:
Dia 65 (Barra do Jacuípe): 65,79 km @ 16,52 km/h, 471 m ↑
Dia 66 (Indiaroba): 185,75 km @ 19,85 km/h, 2037 m ↑
Dia 67 (Aracaju): 103,49 km @ 20,66 km/h, 354 m ↑
Total: 6282 km